Depois de um momento de muita alegria com nossos familiares e amigos no Brasil estamos de volta à realidade.
Muita gente me perguntou se eu gostei de minha visita ao Brasil e se essa visita balançou um pouquinho com minha decisão de viver fora. Eu adorei minha visita, mas no contexto de turista e me sentindo muito querido pelos que estavam com saudade de mim. Mas, como já diz o ditado do imigrante "não confunda turismo com imigração", morar no Brasil, principalmente no Recife são ooooutros quinhentos.
Então qual a razão do título do post? É porque estou de volta ao período mais chato da adaptação, a busca de emprego. É isso mesmo, estou novamente desempregado, mas quando eu fui ao Brasil já fui ciente que isso iria acontecer, porque a minha supervisora me havia dito que eu não poderia tirar férias e que corria o risco de haver alguém no meu lugar quando eu regressasse. Todavia me disse para procurá-la ao retornar. Não deu outra, quando retornei havia outra pessoa no meu lugar.
Sinto um misto de culpa e de sacrifício. Sacrifício, porque não aguentaria deixar Raissa ir sozinha ao Brasil com sete meses de gravidez e com Nanda de tira colo, e de culpa, por ter perdido meu emprego o qual me empenhei para consegui-lo. É como ter recebido uma benção e ter jogado no lixo. Todavia, a conexão em Miami me fez entender que a minha preocupação não foi à toa, pois Raissa sentiu muitas dores e mal conseguia andar. Quase que não deixavam ela embarcar...
Estou por conta disso em busca de algum trampo. Eu achava que depois de meu curso, mesmo no inverno, eu conseguiria entrar em algum banco rapidamente caso eu não ficasse mais no banco Nacional. Ledo engano, mas sei que no inverno as contratações caem muito por aqui. Então o jeito é tentar para outras vagas em outras áreas, mas mesmo assim tá difícil. O pior é que com o nascimento da minha segunda princesa (Aline) no mês de abril, eu estou muito ansioso para conseguir algo antes disso, o que atrapalha muito meu desempenho nas entrevistas. Já cheguei a fazer duas entrevistas, mas um não deu certo e o outro ainda não recebi o resultado.
Vou continuar na batalha e ainda tenho alguns contatos de empregos passados os quais ainda tentarei. Mas sem garantias...
Par contre, eu sou corajoso de publicar minhas fraquezas e dificuldades aqui no blog, mas me prometi que tentaria não florear muito essa imigração pois dificilmente encontrava um blog onde as pessoas falavam suas dificuldades. Outra coisa é que tenho uma aliança com Cristo e sei que o que eu passar será parte de seu propósito em minha vida para trabalhar em meu caráter e para que eu seja mais parecido com Ele. Nada nessa imigração pode ser mais importante do que ter comunhão com Ele e com minha família. Buscando a direção dEle em primeiro, sei que o demais me será acrescentado.
Abraço
